quarta-feira, 21 de maio de 2008

Consumo de Drogas na Adolescência


São tantos os pedidos de ajuda e de orientação , que mais uma vez volto ao assunto das drogas .
Neste artigo fala-se da adolescência como sendo a época da iniciação nas drogas .
Infelizmente isso não corresponde mais à realidade . Temos notícias de crianças entre 8 e 9 anos fazendo uso delas .
E não estou me referindo apenas às crianças da população de rua .
Ao considerarmos o cigarro como droga letal que é , seria hipocrisia afirmarmos que esse é um problema de agora .
Todos reconhecemos que muitos fumantes se iniciaram no vício ainda crianças , lógico que escondidos dos pais .
Por ser uma droga lícita e socialmente permitida , apenas muito recentemente o tabagismo vem sendo condenado . Apesar de prejudicial à saúde , é tolerado por não alterar o comportamento , nem a percepção do fumante .
O que já não se aplica ao álcool , que mesmo sendo socialmente permitido e bastante glamourizado , é o principal responsável por acidentes no trânsito .
Carmen Marina Sande


Adolescência e consumo de substâncias psicoativas: riscos e reflexos para a vida

No senso comum, utiliza-se o termo droga para se referir às drogas ilícitas, como a maconha, o crack e a cocaína, excluindo o tabaco e o álcool.

Em artigos mais recentes o termo substâncias psicoativas já é usado para determinar o conjunto de drogas, medicamentos ou toxinas cujo consumo pode causar danos à saúde.
A abordagem sobre o consumo de substâncias psicoativas entre adolescentes e adultos jovens na sociedade brasileira deve estar associada a três fenômenos: as mortes associadas ao processo de violência urbana; a epidemia do vírus HIV/AIDS e outros agravos à saúde física e mental.
Ao se tratar de menores em situação de rua, estudos recentes mostram um consumo intenso e freqüente de solventes e maconha, mas também incluem tabaco, álcool e cocaína. Este fato é agravado por condições biológicas, relacionadas à desnutrição, doenças sexualmente transmissíveis e verminoses; também por condições psicossociais relacionadas à exposição à violência policial e desagregação familiar.
O consumo de solventes orgânicos (acetona, éter, cola de sapateiro) destaca-se dentre as substâncias psicoativas consumidas não apenas entre menores em situação de rua, mas também entre estudantes de periferia e universitários.
Os profissionais de saúde têm um papel importante na prevenção e identificação de fatores de risco associados ao consumo de substâncias psicoativas, pois as conseqüências podem ser graves e requer encaminhamentos para tratamento de abuso e dependência.
A intervenção em casos de experimentação pode ter um efeito positivo.
Alguns sinais que podem ajudar os profissionais e a família a reconhecer o uso de droga pelo adolescente é emagrecimento, olhos vermelhos, irritação nasal, desinibição, agitação, sonolência, problemas com os professores, falta às aulas, suspensão, repetência e expulsão escolares e problemas na família.
As conseqüências do consumo de substância psicoativas podem ser violência física e moral, incluindo homicídio, e violência pelo tráfico de drogas além da disseminação do HIV. Há uma complexa relação entre consumo de substâncias psicoativas e prática de sexo desprotegido, que merece atenção especial nas ações de prevenção.
Em contrapartida, uma família com laços afetivos profundos, cujos pais participam da vida de seus filhos, um bom aproveitamento escolar, a participação em grupos de convívio e adoção de medidas para controle de propaganda e venda de substância psicoativas lícitas e ilícitas podem ter um impacto positivo na vida dos adolescentes, atuando como fatores protetores.
Este artigo publicado pela Revista Adolescer objetiva reconhecer a realidade dos jovens em situação de uso de drogas e sugerir medidas de auxilio como:
promover e difundir informações sobre drogas e seus efeitos na saúde;
estimular ações que valorizem a auto-estima e o auto-cuidado;
ações sociais como capacitar os profissionais de saúde;
promover ações integradas com os agentes comunitários de saúde para fornecer informações às famílias no seu ambiente social e cultural;
estabelecer parceria com a escola para desenvolver ações educativas voltadas diretamente às crianças e adolescentes;
incentivar o processo de comunicação familiar com base na amorosidade, acolhimento, através de atitudes não julgadora ou preconceituosa.
Autor: PEREIRA, S. M.
Fonte: OBID

Um comentário:

almirante disse...

Em certos casos: os "próprios pais" estimulam o vício. Quando eles pedem que o menor "acenda" o cigarro para eles.Em certas famílias o cigarro é mais importante que aquisição dos alimentos.