Imaginamos que nossa proteção irá mantê-los a salvo da dor , da doença e das dificuldades .
Nos seus olhinhos vemos a certeza de que somos a sua segurança .
Eles confirmam nossa ideia de que tudo podemos .
E fazemos planos de vê-los adultos fortes e felizes .
Acreditamos que iremos educá-los para as boas escolhas .
Com que cuidado escolhemos seu pediatra , seu colégio e o ambiente em que crescerão cercados de bons amigos .
Porém quando os filhos crescem começa uma outra realidade , até então impensada . Dor alguma dói tanto , quanto a causada por um filho . Vem a surpresa pela incapacidade de diálogo .
Onde foi parar a confiança mútua ?
Onde foi parar a confiança mútua ?
Ai chega uma imensa dor pela agressividade verbal ou física , por vê-lo atentar contra si mesmo , sem que nada possamos fazer .
Por tentar encaminhá-lo para o que nos parece melhor e assistir , impotentes , sua opção pelo risco de erro .
A maternidade traz muita felicidade , mas atrelada a isso , vem a maior possibilidade de fragilidade , mágoas e medo , que um ser humano pode sentir .A sensação de impotência em ajudar o que se tem de mais caro e importante .
Para quem não me conhece , quero esclarecer que sou mãe de quatro filhos adultos , porém minha experiência não se baseia apenas na minha vivência , vem também de situações observadas no meu consultório .
Mas como todas as mães são , também , filhas e devem ter causado alguma frustração às suas mães , o jogo acaba empatado !
Carmen Marina Sande
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