terça-feira, 21 de junho de 2011

FRAGILIDADE = FILHOS

Quando  os  filhos  nascem , temos  a  ilusão  de  que  sempre  nos  será  possível  poupá-los  do  sofrimento .
Imaginamos  que  nossa  proteção  irá  mantê-los  a  salvo  da  dor , da  doença e  das  dificuldades .
Nos  seus  olhinhos  vemos  a  certeza  de  que  somos  a  sua  segurança .
Eles  confirmam  nossa  ideia  de  que  tudo  podemos .
E  fazemos  planos  de  vê-los  adultos  fortes  e  felizes .
Acreditamos  que  iremos  educá-los  para  as  boas  escolhas .
Com  que  cuidado  escolhemos  seu  pediatra , seu  colégio  e  o  ambiente  em  que  crescerão  cercados  de  bons  amigos .
Porém  quando  os  filhos  crescem  começa  uma  outra  realidade , até  então  impensada .  Dor  alguma  dói  tanto , quanto  a  causada  por  um  filho . Vem  a  surpresa  pela  incapacidade  de  diálogo .
Onde  foi  parar  a  confiança  mútua ?
 Ai  chega  uma  imensa  dor  pela  agressividade  verbal  ou  física , por  vê-lo  atentar  contra  si  mesmo , sem  que  nada  possamos  fazer .
Por  tentar  encaminhá-lo   para  o  que  nos  parece  melhor  e  assistir , impotentes , sua  opção  pelo  risco  de  erro .
A  maternidade  traz  muita  felicidade , mas  atrelada  a  isso , vem  a  maior  possibilidade  de  fragilidade  ,  mágoas  e  medo , que  um  ser  humano  pode  sentir .
A  sensação  de  impotência  em  ajudar  o  que  se  tem  de  mais  caro  e  importante .
Para  quem  não  me  conhece , quero  esclarecer  que  sou  mãe  de  quatro  filhos  adultos , porém   minha  experiência  não  se  baseia  apenas  na  minha  vivência , vem  também  de  situações  observadas  no  meu  consultório .
Mas  como  todas  as  mães  são , também ,  filhas  e  devem  ter  causado alguma  frustração  às  suas  mães , o  jogo  acaba  empatado !
Carmen Marina Sande 

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