segunda-feira, 14 de abril de 2008

Drogas e o início entre os jovens


Por mais que nos informemos , parece que nunca estamos suficientemente preparados para lidar com o assunto : DROGAS .
Houve época em que o grande tabu familiar era o sexo . Não que tenha deixado de ser ! Mesmo com a aparente abertura , a sexualidade dos filhos ainda é tratada com dificuldade por ambas as partes . Pais continuam ansiando e incentivando seus "machinhos" a confirmarem sua opção masculina . Na maioria das vezes os jovens assustados com essas novas "mocinhas" já experientes com tão pouca idade e agressivas ao tentar atingir seus objetivos , sentem-se desmoralizados com a clara frustração causadas aos pais . A iniciação com o sexo oposto tornou-se uma das maiores dificuldades da passagem para a vida adulta de um rapaz .
Quanto às filhas mulheres , por mais modernos que os pais sejam , ainda é muito difícil lidar com essa rápida evolução e a conquista da liberação feminina , cada vez mais precoce .
Ouço em meu consultório esse tipo de reclamação com assustadora freqüência .

Quanto às drogas a maior responsabilidade da família está nos exemplos , que na maioria das vezes , pouco têm a ver com o discurso de prevenção proferido pelos pais .
- " Façam o que eu digo , mas não façam o que eu faço " . A atitude dos membros da família quando não é coerente com as palavras , esvazia qualquer valor contido nelas .
Não há credibilidade que resista a um mau exemplo !
Carmen Marina



Jovens podem começar a usar drogas por omissão dos pais .

Os jovens estão entrando no mundo das drogas cada vez mais cedo, aos nove ou 10 anos, e o vício começa em casa, ocasionado pela falta de informação e preparo dos pais.

Dado que deve pôr em alerta a família: os jovens começam a usar drogas dentro de casa, com o apoio dos pais e a maior porta de entrada para este caminho é o álcool. "Os pais incentivam ou permitem que os filhos bebam no Natal, Ano Novo, um aniversário, e acreditam na filosofia de "que meu filho está bebendo comigo e dentro de casa". O vício começa aí e o álcool é grande vilão entre as drogas". Pelo menos 15% da população mundial tem pré-disposição orgânica ao uso de substâncias psicoativas, segundo a Organização Mundial de Saúde, que já considera isto como uma doença.

"Alguns organismos recebem as drogas de maneira muito positiva e são "preparados" para gostar mais de entorpecentes, o que acaba facilitando e propiciando o vício", explicou
Mário Elder, presidente do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen).

Pasta a base de cocaína, mescla e maconha são as drogas mais consumidas depois do álcool, pois são mais baratas e de fácil acesso.

Segundo Elder, o melhor trabalho é a prevenção, a busca de conscientizar os jovens sobre as conseqüências e prejuízos que as drogas podem trazer. "O que os governos podem fazer é apoiar cada vez mais as organizações e entidades que trabalham com isso, investindo na formação de multiplicadores e prevenção primária, como o Proerd", disse o presidente do Conen.

Pais devem ficar atentos aos sinais que os filhos dão :

Com freqüência os pais querem saber quais os sinais que indicam que um jovem esteja usando drogas. Não existe maneira fácil de confirmar a suspeita.

Tentar identificar no jovem sinais ou efeitos das diferentes substâncias só tende a complicar ainda mais as coisas. O clima de desconfiança que se instala nessas situações prejudica muito o relacionamento entre os familiares.

É normal e esperado que os jovens tenham segredos e que dificultem o acesso de outras pessoas da família, sobretudo os pais, a questões de sua vida pessoal. Eles tendem também a experimentar situações novas, a assumir atitudes desafiantes , de oposição e até mesmo a apresentar comportamentos ousados que podem envolver riscos.

Tais comportamentos constituem traços característicos de uma adolescência normal. A grande dificuldade dos pais é saber até que ponto essas atitudes e comportamentos estão dentro do esperado ou se já significam que o jovem está passando por problemas mais graves e necessitando de ajuda.

O mais importante é que os pais tentem sempre conversar com os filhos. Mesmo que o diálogo se torne tenso e cheio de conflitos, ainda assim ele é uma via de comunicação importante.

Os pais devem , também , se preocupar mais em ouvir do que em dar conselhos. Quando o jovem se isola e o acesso a ele se torna impossível, é um sinal de que é necessário procurar algum tipo de ajuda externa.


Tatiana Campos


Fonte: Gazeta Acre

Um comentário:

almirante disse...

Um lar sem amor e sem diálogo; facilita o caminho para as drogas.